Estudo de Harvard revela quanto dinheiro é necessário para sermos felizes

Há décadas, a relação entre dinheiro e felicidade tem sido tema de estudos científicos. Em uma das pesquisas mais amplas e de longa duração sobre esse tema, um estudo conduzido pela Universidade de Harvard e o psicólogo Daniel Kahneman, vencedor do Prêmio Nobel, revelou novas percepções sobre a correlação entre riqueza e bem-estar. Mas afinal, qual é o valor necessário para atingir um estado de felicidade?

Dinheiro e Felicidade: Existe um Limite?

O estudo de Harvard revela que, para a maioria das pessoas, há um ponto de saturação em que o aumento da renda não resulta em mais felicidade. Uma pesquisa publicada em 2010, realizada por Kahneman e Angus Deaton, também de Princeton, sugeriu que o valor "ideal" seria em torno de US$ 75.000 por ano, nos Estados Unidos. A lógica por trás disso é que, uma vez que as necessidades básicas são atendidas e o nível de conforto é alcançado, o impacto adicional do dinheiro na felicidade é diminuído. Acima desse limite, fatores como relacionamentos pessoais, saúde mental e física começam a ter um peso mais significativo no bem-estar.

Um Novo Olhar: Será que US$ 75.000 Ainda Fazem Sentido?

Pesquisas mais recentes, como a conduzida por Matthew Killingsworth, também da Universidade de Harvard, trouxeram novas descobertas que desafiam a ideia de um limite fixo. Em um estudo de 2021, Killingsworth utilizou uma metodologia baseada em relatos instantâneos de milhares de participantes, pedindo-lhes que avaliassem seu nível de felicidade em diferentes momentos do dia. O estudo concluiu que, ao contrário das pesquisas anteriores, a felicidade pode continuar aumentando conforme a renda cresce, sem um limite claro como o proposto anteriormente.

De acordo com Killingsworth, o dinheiro amplia a liberdade pessoal, permitindo maior controle sobre a forma como as pessoas gastam seu tempo, e essa autonomia é essencial para o bem-estar emocional. A conclusão do estudo é que, quanto mais dinheiro as pessoas têm, maior a capacidade de moldar suas vidas de maneira satisfatória, o que pode continuar impulsionando sua felicidade, mesmo com rendas elevadas.

O Contexto Cultural e Pessoal Importa

É importante ressaltar que a quantia exata de dinheiro necessária para atingir a felicidade varia com base no contexto geográfico e nas expectativas pessoais. O custo de vida em diferentes países e até mesmo em diferentes regiões dentro de um mesmo país pode influenciar fortemente o valor necessário para atingir o nível de "felicidade financeira". Além disso, as metas e prioridades individuais desempenham um papel significativo. Para algumas pessoas, a segurança financeira traz paz de espírito; para outras, a liberdade de tempo e a possibilidade de se dedicar a atividades que amam é o verdadeiro fator determinante.

Então, Quanto Dinheiro Precisamos?

Com base nas conclusões combinadas desses estudos, parece que, enquanto US$ 75.000 por ano ainda podem ser um valor referencial para atender às necessidades básicas e garantir certo nível de felicidade, as pesquisas mais recentes sugerem que não há um teto definitivo. Para muitas pessoas, o aumento da renda pode continuar a melhorar a satisfação pessoal, desde que sejam usadas para criar experiências significativas e para ter mais liberdade de escolha na vida cotidiana.

Dessa forma, a questão central não é apenas quanto dinheiro temos, mas como ele é utilizado para criar uma vida equilibrada e rica em experiências que contribuem para o nosso bem-estar.

Fontes:

Kahneman, D., & Deaton, A. (2010). High income improves evaluation of life but not emotional well-being. Proceedings of the National Academy of Sciences, 107(38), 16489–16493.

Killingsworth, M. A. (2021). Experienced well-being rises with income, even above $75,000 per year. Proceedings of the National Academy of Sciences, 118(4), e2016976118.

Harvard Gazette (2021). Does money really buy happiness? Harvard University News.

www.tratamentoemocional.com

#tratamentoemocional #cuidadopessoal #saúdemental #inteligenciaemocional #autoterapia #psicanaliseclinica #terapiadereprocessamentogenerativo #terapia #tratamentoemocional #autoaceitação #autoconhecimento #autoestima #bemestarmental #desenvolvimentopessoal #equilíbrioemocional #trg #reprocessamentogenerativo #psicologia #economia #felicidade #harvard

#Terapiacognitivocomportamental